Um amigo morreu. Um estúpido acidente tirou-lhe a vida.
Esperou duas horas até chegar a assistência do INEM.
A vida fugiu-lhe, deixando laivos de impotência e sofrimento nos familiares e amigos.
A vida fugiu-lhe porque a prioridade não é a satisfação das necessidades dos cidadãos, o seu bem estar e qualidade de vida, mas antes a imposição de visões puramente economicistas, para as quais a morte de um ser humano é apenas um simples número, pura estatística.
A vida fugiu-lhe porque se centraliza os equipamentos de socorro primários, assumindo vergonhosamente o fosso entre o litoral e o interior.
Parafraseando Saramago, quem me dera gritar “No dia seguinte ninguém morreu”.
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