No actual contexto sócio-laboral todos sofremos as consequências de medidas que apenas têm um fundamento, a desregulamentação das regras laborais. Não podemos ignorar esse facto. Nesse sentido, basta estarmos atentos aos sinais. Por um lado, são os constantes despedimentos, geradores de processos de pobreza e exclusão, determinantes para a fragilização do tecido social e por outro, a precariedade, reflexo dos vínculos temporários assentes em funções permanentes, contratos a prazo, programas ocupacionais, contratos de tarefa e recibos verdes.
Em Portugal, existem cerca de 895.500 trabalhadores assalariados precários, não estando aqui incluídos os “falsos recibos verdes”, situação desprovida de dignidade e respeito para os cidadãos o que naturalmente provoca graves consequências, na instabilidade do emprego e remunerações, na discriminação no acesso à educação e saúde, na mobilidade e justiça social.
Com este universo de precariedade se deparam também muitos Animadores, situação padronizada com muitas outras profissões mas agravada pelas especificidades do Animador nomeadamente, a sua luta pelo Estatuto Profissional, causa-efeito para o reconhecimento social e consequentemente outras perspectivas de intervenção.
A legitimidade do Estatuto passa necessariamente pela participação e contributo dos Animadores. A não acontecer, torna-se um desejo e luta oca. Para além disso é tempo de outros actores assumirem também a sua responsabilidade. Refiro-me às instituições públicas e privadas que ministram sob as mais diversas formas, conteúdos e designações o ensino superior na área de Animação. Até quando continuarão a assobiar para o lado?
No reforço da contínua reflexão sobre a Animação e o papel do Animador torna-se necessário acedermos a dados estatísticos que nos confrontem com a realidade no que concerne a muitos aspectos relacionados com a empregabilidade. Nesse sentido, de salutar a iniciativa da APDASC que está a realizar um censo nacional de Animadores com formação superior, o qual se destina exclusivamente ao estudo da empregabilidade das pessoas que já terminaram o bacharelato ou a licenciatura num dos seguintes cursos: animação sociocultural; animação e intervenção sociocultural; animação cultural e educação comunitária; animação socioeducativa; animação cultural; animação educativa e sociocultural; animação artística; animação turística.
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1 comentário:
olá a todos, sou uma simples cidadã, que tem acompanhado de perto a actual situação do nosso país, e venho prenunciar a minha sincera revolta, com tudo isto. todos os dias a subir os preços, dos alimentos, dos combustíveis, sobe tudo, menos os salários...
Os nossos governantes vêm dizer para apertar o cinto, pois bem, eu já não tenho mais espaço para fazer furos, cheguei ao limite. até me dói a barriga de usar o cinto tão apertado, mas ao contrário dos nossos "queridos governantes" andam com o cinto bem largo, até lhes poderá cair as calças:) esses não precisam de fazer furos, pois não precisam de apertar o cinto, têm os ordenados bem avantajados. Este país tem graça, um simples trabalhador com o salário mínimo tem que apertar o cinto e um governante que ganha o quíntuplo do dinheiro, vem com cara de pau, falar em apertar o cinto....
Estamos no limite, o povo já não pode mais, chega de exploração, a escravidão já acabou há muito tempo .
Paula penúria
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