"A proposta de criação de uma empresa municipal para a gestão de equipamentos culturais e desportivos do concelho de Évora foi apresentada à CME, pela maioria socialista.
Para além de desalojar o CENDREV do Teatro Garcia de Resende e concomitantemente de espoliar o Teatro de um equipa técnica e artística que o tem mantido e valorizado ao longo dos últimos 34 anos, a defesa da sustentabilidade de todas as manifestações "culturais" deixa antever a qualidade das mesmas e a morte anunciada dos eventos cuja especificidade tem mantido viva a imagem de Évora como cidade de Cultura. Claro que não me refiro a nada que a CME tenha produzido mas sim ao FIKE, aos Encontros de Música da Sé de Évora, ao Festival Escrita na Paisagem, aos Encontros de Música do séc. XXI, à Bienal de Marionetas, às actividades da Associação PédeXumbo no Espaço Celeiros (que vão ser vendidos à CGD), à produção do grupo de teatro "A Bruxa", à produção dos cantares de Évora, entre outros.
Independentemente de considerações que se podem tecer sobre o objecto da empresa e os elementos de sustentabilidade do estudo de viabilidade económica, na verdade parecia óbvia a necessidade de abrir uma discussão pública com os potenciais afectados, os agentes culturais e a população. Nada disso aconteceu. A proposta de constituição da empresa está agendada para a reunião pública de hoje sem nenhum tipo de discussão pública, nem mesma informação aos agentes e criadores culturais da cidade."
Está em curso uma petição com mais de 400 assinaturas , a crescer diariamente, cujo lema é "Defender Évora como Cidade de Cultura".
Assine e divulgue Defender Évora como Cidade de Cultura
2 comentários:
Já assinei, porque acho que a cultura deve conservar tanto quanto possível a sua independência e não mergulhar a lógica do lucro capitalista pois só assim, será imprevisível, transcendente, enriquecedora e acessível a todos.
Assinem, por uma cultura pública de qualidade.
João Pedro Paulo
Olá João,
Destruir espaços de e para aprendizagens, de partilha e construção sócio-cultural por causa de pressupostos puramente economicistas, é o maior atentado à cultura em Évora nos últimos 30 anos.
A insensibilidade para a cultura de todos e para todos está aí.
"É de cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar".
Helena Vaz da Silva
Eu já assinei.
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