O conhecimento público dos resultados de um estudo encomendado pelo Sr. Presidente da República no qual se dá conta do afastamento dos jovens da politica, despoletou a convocação de um grupo de trabalho onde representantes de vários quadrantes político-sociais reflectiram sobre a actual realidade. Desse encontro resultaram algumas directrizes de intervenção condensadas aqui.
O documento dividido em três partes: politica local, politica nacional e participação europeia internacional, sugere medidas que pretendem potenciar a participação política e cívica dos jovens. Concordo com o seu conteúdo na generalidade, embora tenha bem presente, que alguns dos desígnios nunca se irão reflectir nas acções das entidades responsáveis, por incapacidade e empenho destas. Ao contrário das recomendações deste encontro de trabalho nomeadamente, no que diz respeito à necessária formação cívica, ao reconhecimento e valorização das competências dos jovens e à definição de politicas efectivas para a juventude, só para citar algumas, opõem-se os comportamentos e atitudes de alguns políticos que teimam em descredibilizar a sua necessária função. O afastamento e absentismo demonstrado pelos jovens em relação à política e activismo público tem a sua origem na forma leviana e inconsequente como são tratadas as suas questões, no emprego, habitação e educação. Sem se assumir a mudança com responsabilidade, transparência e efectividade, daqui a 10 anos, os lamentos e queixas continuarão, bem como, as desigualdades sociais, desemprego, precariedade e falta de oportunidades.
Todos temos o desígnio de exigir. Mas, para isso temos de contribuir.
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